segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Agradecimentos
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
No Palco Oriental de 14 a 17 Dezembro, 22h
(a partir do Conto Oriental de Marguerite Yourcenar)
Estreia em sala de espectáculo
Ficha Técnica e Artística
Ideia e Interpretação [Joana Pupo
Apoio Movimento [Ana Borges
Apoio Contador de Histórias [Cristina Cartaxo
Apoio Interpretação e Figurino [Inês de Carvalho
Apoio Interpretação e Vídeo [Tiago Hespanha
Design Gráfico [Joana Neves
Produção [Joana Pupo em parceria com Palco Oriental
CV's
Joana Pupo - Inicia formação no TEUC, em 1997, onde trabalha com José Neves, António Sardinha e Rogério de Carvalho. Em 2002, conclui a escola de actores Estudio Nancy-Tuñon, em Barcelona. Desde 2003, tem colaborado com diversos grupos e criadores em Lisboa. Em 2005, realiza o Projecto Thierry Salmon (nova École des Maitres) com Carlo Cecchi, tendo depois integrado a sua companhia na tournée de "Sei Personaggi...". Em 2006 volta ao PTS como assistente-intérprete para Pippo Delbono. www.joanapupo.pt.vu
Ana Borges - Licenciada pela Escola Superior de Dança e Fórum Dança. Tem desenvolvido a sua actividade como bailarina, coreógrafa, actriz, professora de dança e em direcção de movimento de peças de Teatro.
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Tiago Hespanha - 1978. Arquitecto. Interessa-se por cinema, fotografia, teatro, artes plásticas, estudos visuais.
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Joana Neves – Trabalha como free-lancer na área do design gráfico/web. Tem desenvolvido também projectos de cinema documental e ilustração. www.jukomakatuko.com , juko@jukomakatuko.com
Palco Oriental - Associação fundada em 1989, tem procurado ser uma referência viva na animação cultural da Zona Oriental de Lisboa, pela manutenção do seu grupo de teatro e pela promoção de diversas actividades. Tem acolhido produções de outros grupos de teatro que têm vindo a despontar entre os novos criadores no panorama teatral contemporâneo.
Sinopse do Espectáculo
O velho pintor Wang-fô e o seu discípulo Ling erravam pelas estradas do reino de Han. Dizia-se que Wang-fô tinha o poder de dar vida às suas pinturas por um derradeiro toque de cor que acrescentava aos olhos de todos. Até que os soldados do Palácio Imperial o levaram à presença do Dragão Celeste…
Reviver esta história. Partir das sensações internas da história e de uma associação poética de imagens, gesto, som. A voz como um órgão do corpo com qualidades de movimento, procurar a voz que dança através do corpo e do espaço.
O actor como um mago, tradutor de qualidades oníricas. Enquanto velejador do seu tempo inconsciente, poético, porquanto é capaz de se entregar totalmente ao momento do instante da sua acção.
Desenvolvimento
La recherche de l’acteur: trouver un registre
Il s’agit de raconter et de revivre l’histoire : le registre de l’acteur doit partir, ainsi, des sensations internes du texte, multipliées par la recherche créative, surtout avec des improvisations avec le mouvement et la voix, de chaque élément de l’histoire.
Cette recherche personnelle part d’une écoute ou d’un sens d’ouverture et d’attention sensorial à l’espace. Le registre émerge d’une atmosphère, mais aussi d’une recherche des changement de rythmes, de tonalités, de textures, enfin, des « fuites » de style à cette atmosphère. On cherche une carte, une partition du vécu par où le comédien puisse voyager à chaque performance, en se libérant du sens de la répétition.
Le soutien des objets
Comme objets de scène, il y a deux caisses antiques pour les matériaux comme celles qui existaient autrefois dans les théâtres, mais qui, ici, sont toujours vides. On utilise leur poids, leur possibilité d’appui, leur résonance, leur forme, leur ouverture, etc. Elles changent tout le temps, en prenant le rôle de personnages, d’objets de l’histoire ou de la situation scénique, comme le comédien lui-même change au fur et à mesure qu’il entre dans l’histoire.
Les objets, qui ont une présence scénique très forte, gagnent du sens dans ce projet, parce qu’il s’agit d’objets qui tendent à être oubliés dans le théâtre. Ils gagnent de la profondeur dans leur vide, au niveau de la réflexion sur le plan de l’art et le plan de la vie, comme une réponse restée ouverte.
Du point de vue de la performance, ils aident à établir un pont entre le plan du conteur d’histoires et celui du comédien qui la revit. Il y a un parallèle, aussi, dans le conte, entre le plan de la description et le plan de l’action.
Estreia no Mostra-te 06
Residência na sala do Teatro-Pim, em Évora
A arte como fuga. Dois movimentos: envelhecer e errar. Os dois como sinónimo de persistência e curiosidade.
Resumo do conto: “A salvação de Wang-fô” de Marguerite Yourcenar
Tinham-se conhecido numa taberna e Ling, de tal forma se modificara pelos ensinamentos de Wang-fô, que sacrificara a sua fortuna para seguir o mestre.
Um dia são procurados por soldados, algemados e levados ao palácio Imperial. Dragão Celeste, o Imperador, crescera só e encerrado numa ala do palácio coberta de quadros de Wang-fô. Dragão Celeste acusa Wang-fô de lhe ter mentido sobre o mundo com as suas pinturas e quer queimar-lhe os olhos e cortar-lhe as mãos. Os soldados matam Ling, quando este tenta defender o mestre. Wang-fô é obrigado a pintar um quadro inacabado da sua juventude. Pinta o mar e uma canoa, onde Ling aparece para o vir buscar. Os dois desaparecem no quadro, perante os olhares atónitos do Imperador e seus cortesãos.
Ensaios no Palco Oriental
O Palco Oriental apoiou desde o primeiro momento este projecto, cedendo a sala de ensaios.
Palco Oriental - Associação fundada em 1989, tem procurado ser uma referência viva na animação cultural da Zona Oriental de Lisboa, pela manutenção do seu grupo de teatro e pela promoção de diversas actividades. Acolhe produções de outros grupos de teatro que têm vindo a despontar entre os novos criadores no panorama teatral contemporâneo.
Sobre os colaboradores:
O trabalho da Ana Borges propõe-me uma ideia alargada da criação através do contacto entre as matérias do corpo, do gesto e da música, partindo de um movimento interno composto de um grande sentido de escuta, um despojamento do corpo e do espaço e um forte sentido de jogo.
A Cristina Cartaxo tem desenvolvido uma actividade enquanto educadora e contadora de histórias, que aprofunda o olhar do teatro enquanto comunicação directa, presencial, clara e energética.
A linguagem plástica da Inês de Carvalho tem-se desenvolvido no sentido de criar fortes atmosferas, sensorialmente estimulantes, e que contenham em si uma capacidade narrativa.
O trabalho do Tiago Hespanha tem cruzado diferentes linguagens: arquitectura, teatro, cenografia, cinema; sendo assim um provocador privilegiado para acompanhar o processo enquanto relação lúdica e técnica com um espaço.
O olhar da Joana Neves surge no momento em que é preciso abrir a peça ao exterior e comunicar, com uma só imagem, uma atmosfera.
"Qué es vivir como un autentico poeta? En primer lugar no temer, atreverse a dar, tener la audacia de vivir con cierta desmesura."
Alejandro Jodorowski, Psicomagia
Ideia e Interpretação de Joana Pupo
Início
Este projecto surge paralelo ao meu trabalho final da licenciatura de Filosofia que trata sobre o tempo do actor, ou melhor, sobre o actor fora do tempo: o trabalho do actor como acto poético, como tempo onírico. O que despoleta o movimento até um plano de vivências com qualidades oníricas intensas, surpreendentes e reveladoras é o sentimento de vazio.
Antes de reflectir e escrever sobre a minha actividade, senti necessidade de ter um momento de solidão e liberdade, de escuta interna, de confronto comigo e com um meu processo criativo.